Para realizar um coaching eficiente, é imprescindível que o coach seja uma criatura de sua época, misturando-se na sociedade para melhor conhecê-la.

Para apoiar alguém em alguma meta ou para alcançar algum objetivo, é acaciano que se tenha algum conhecimento do caminho a ser percorrido, para que se possa analisar a viabilidade de se chegar, efetivamente, ao destino pretendido. Apoiar, não é induzir ou instigar outrem a perseguir uma aventura inatingível ou suicida.

O ditado de autor desconhecido: “Antes as lágrimas de não ter vencido do que a vergonha de não ter lutado”, deve ser entendido com ressalvas neste contexto. O coach deve ter um cuidado especial quando o cliente lhe apresentar uma meta que envolve matéria que não é de seu total conhecimento. Evitando se referir aos objetivos ilegais, por óbvio, algumas outras pretensões, apesar de lícitas, podem levar o cliente, quando conduzido com certa negligência ou imperícia pelo seu treinador, a trilhar caminhos perigosos e tortuosos na busca de sua meta mal trabalhada, levando-o a auferir sérios problemas de ordem física ou mentais, que só poderão ser sanados na esfera da terapia.

O coaching não deve ter, pois, conteúdo fixo, invariável, não podendo viver para sempre imobilizado dentro de sua fórmula verbal, de todo impenetrável às reações do meio em que vivemos, ou às mutações da vida social. Tem de ceder às imposições do progresso e das mudanças, de entregar-se ao fluxo existencial de ir evoluindo paralelo a esta sociedade e, com isso, ir adquirindo significações novas, à base das novas valorações.

Devemos respeitar e preservar, por certo, os métodos e as ferramentas do processo coaching, mas aplicá-las, cuidadosamente, com conhecimento e sabedoria, adequando-as às mudanças sociais, procurando entender com clareza e compreender, efetivamente, aquilo que o seu cliente está buscando, com a conotação exata, existente para o seu momento e para dentro do seu próprio mundo atual e futuro, sob pena de se cometer um equívoco de consequências e efeitos irreparáveis.

O processo deve se dar, na medida do possível, a quem tem um direito àquilo que se tem direito de conseguir. Assim, também, e consequentemente, para que se possa falar em efetividade do processo, o profissional de coaching de época contemporânea, libertado das amarras do formalismo exacerbado, deve buscar no próprio repertório de recursos e ferramentas disponíveis, os mecanismos aptos à tutela do seu cliente na busca de seu objetivo principal – sua meta, respeitando sempre os entendimentos modernos, diante das frequentes revoluções sociais.

E não haverá consolo maior à alma de um coach do que tanger o processo com inteligência e sabedoria para, de suas mãos deslumbradas, ver florir a obra plástica e admirável da realização da meta pelo cliente, exatamente, na forma como foi concebida e com todas as regras de seu tempo respeitadas. Isso, é coching eficiente!

“Coaches, não sois máquinas! Homens é o que sois!.”



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