Já dizia minha avó: a sabedoria vem do escutar; o arrependimento, do falar. Mas uma coisa é verdade: dizer as palavras certas na hora certa tem o poder de não só causar um impacto na vida das pessoas, naquele momento, como também de deixar marcas para toda a vida. A regra é válida para o contrário também. Quando falamos na hora errada, não só podemos estragar o momento, o dia e as decisões de alguém, como também podemos nos tornar extremamente desagradáveis e repulsivos e causar um estardalhaço no clima organizacional da nossa empresa.
Muito do que somos hoje, devemos ao ambiente no qual fomos criados. É muito comum que os pais eduquem seus filhos disciplinando para falar na hora certa, e isso é muito natural, visto que não há nada mais verdadeiro que a opinião de uma criança. Funciona mais ou menos assim: ela fala o que pensa e o que quer, na hora que bem entende, causando, claro, o rubor nas bochechas dos pais, a risada de alguns, e a crítica da maioria. Quando crescemos, as coisas não são muito diferentes. Quando falamos o que nos dá na cabeça, pra nós pode até parecer legal, pois cria uma falsa sensação de sinceridade e honestidade. O que não percebemos é: até que ponto nossa sinceridade afeta a vida das pessoas? Será que estamos sendo honestos ou desagradáveis? Será que estamos causando as bochechas vermelhas, as risadas, ou as críticas da maioria?

A verdade é que não precisamos nos tornar falsos, mentirosos e desonestos para nos tornar pessoas agradáveis. Só precisamos aprender a hora de falar e a hora de calar. Precisamos emanar um carisma que atraia as pessoas como um ímã; ter um comportamento cativante; iluminar o ambiente; aceitar as qualidades e os defeitos daqueles que nos cercam. Sim, aceitar as pessoas e não repeli-las. Atrair e manter as pessoas e não expulsá-las do nosso convívio. Aceitar os meus colegas de trabalho, meu chefe, meus amigos e até aqueles que porventura julgamos inimigos. Criar um ambiente saudável de convivência.

Originalmente, o conceito de aceitação remete a ideia de “receber de boa vontade aquilo que é oferecido” ou de “tomar pra si”. Aceitar os demais e tudo aquilo que julgamos como defeitos, implica em aceitar a nós mesmos. Colocar-se no lugar do outro pode gerar um impacto muito mais positivo, e gerar mudanças muito mais significativas do que simplesmente apontar o erro e deixar que a pessoa o resolva sozinho.

Se quisermos de fato ver mudança no país, na nossa empresa, nos nossos círculos de amizade, na nossa rua, na nossa casa, precisamos dar o primeiro passo. Precisamos ser agentes de mudanças e começar a despertar o que há de melhor nas pessoas. Como diria John C. Maxwell, “seja gentil... cada pessoa que você conhece está lutando sua própria batalha. Todos precisam ouvir algo bom, um elogio estimulante para despertar suas esperanças e seus sonhos. Não custa nada fazer isso, e o resultado é extremamente positivo”.

A mudança começa por você. Pense nisso!

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