Escrito por Sulivan França - 06 de Janeiro de 2014

Uma abordagem da responsabilidade tem seu ponto inicial na pergunta: “Nos interesses de quem estão sendo feitas as mudanças?”. Essa pergunta estabelece uma relação entre o poder e a responsabilidade, na qual o poder é definido como “a oportunidade de se exercer a responsabilidade”. Em seguida o exercício eficaz do poder requer uma resposta à pergunta? “O que atende aos interesses de longo prazo da organização pára a qual estou atuando”.

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Para serem eficazes no longo prazo, é preciso que os líderes se preocupem com as questões associadas às responsabilidade e não com as questões associadas ao poder. Antes de prosseguir, seria útil ponderar algumas das questões associadas ao conceito de responsabilidade. Existe uma quantidade considerável de literatura que enfoca responsabilidade. “A responsabilidade corporativa continua a significar muitas coisas para nós. É o tratamento justo e equitativo de todos os nossos stakeholders, inclusive funcionários, acionistas, clientes e fornecedores. É o nosso senso de preocupação para com o vem-estar integral do público em geral e para com o nosso meio ambiente. E é o tempo e o dinheiro que contribuímos para o fortalecimento das comunidades em que atuamos”. (p. 11, Brennan, 1994)

O vínculo entre direito e responsabilidades é enfatizado por Brauer (1993): “Quando falamos de direitos humanos, devemos falar também de responsabilidades humanas (...) Não adianta nada o clamor pelos direitos humanos se não estivermos preparados para aceitar os nossos deveres humanos”.

As empresas não podem esperar uma política com fulcro na responsabilidade funcione sem que a alta administração seja vista dando um exemplo - refletindo dois elementos-chave da liderança: a boa prática e a capacidade de comunicar essa prática eficazmente. “As empresas fazem parte da sociedade e têm de se comportar de modo responsável. Têm de levar em conta os pontos de vista e contribuições de seus funcionários e clientes” (Davies, 1995).

Em importante relatório apresentado à Royal Society of Arts, George Bull (1995), executivo-chefe do grupo Grand Metropolitanm sustentou o seguinte: “Cada vez mais, o empresariado está reconhecendo que a sua prosperidade está diretamente ligada à prosperidade da comunidade como um todo. A comunidade é a fonte de seus clientes, de seus funcionários, de seus fornecedores e, com a detenção de ações se tornando uma prática mais amplamente disseminada, de seus próprios investidores”.

A responsabilidade pessoal começa com a autocompreensão, que é essencial para podermos administrar os nossos pontos fracos e desenvolver os nossos pontos fortes. “É preciso que todos reconheçamos e aceitamos as nossas obrigações, que acompanham os nossos papéis organizacionais, e aprendemos a resistir a qualquer tentação de abusar das nossas posições e poder” (Tam, 1995). Basta acrescentar a essa citação a responsabilidade perante os clientes e fornecedores para se prover uma base para a análise relativa aos stakeholders.

Marshall Goldsmith, Laurence Lyons e Alissa Freas em Coaching : exercício da liderança, editora campus, 2003. 

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