Escrito por Sulivan França - 05 de Dezembro de 2013

Além do pré-requisito de que o coach precisa realmente gostar do coachee, existe o fato de que o processo não pode ser o mesmo para todas as pessoas. Quando se começa a pensar sobre coachees em potencial, é preciso ter em mente alguns aspectos.

Embora a abordagem do coaching integral possa ser condensada numa conversa de cinco minutos, no próprio local de trabalho, esta não é a profundidade desejada para o coach integral tenha um impacto a longo prazo.

As relações mais longas têm um maior potencial de transformação das circunstâncias e do indivíduo do que as mais curtas. Assim, como uma visão a longo prazo, o coach precisa estar consciente desde o início de seu nível de compromisso com o coachee.

Se houver a possibilidade de que isso ocorra, é melhor não iniciar o processo de coaching. O coach deve tomar uma decisão racional sobre sua disponibilidade de tempo, competência e paciência, para apoiar o desenvolvimento de outro ser humano – o coachee.

Relacionamento Coach x Coachee

A experiência me diz que muitas pessoas apreciarão o seu apoio e compreensão. Se você decidir, por meio de conversas, iniciar a orientação de um coachee em potencial, é altamente provável que um relacionamento de coaching se desenvolva – quer você o classifique assim ou não.

Quando eu e meu coach iniciamos o trabalho de coaching, ambos sabíamos que este costumava ser muito mais um relacionamento entre mentor e discípulo do que um entre coach e coachee. Como o coach que escolhi era bastante hábil, consegui receber muito mais do que simples informações: aprendi a escrever melhor e a aumentar a segurança financeira.

Seus conselhos vinham sempre em forma de pergunta, de modo a permitir uma recusa ou um “tem razão – eu não havia pensando nisso”. Afinal, sugestões podem ser muito úteis.

Diferentemente de uma abordagem de coaching não intervencionista, se alguém possui um vasto manancial de experiência e sabedoria, além de uma abordagem afetuosa e que preza a imparcialidade, parece-me, então, um desperdício não beber dessa fonte, de vez em quando.

Quanto à minha paixão pela escrita, por exemplo, se eu recebesse orientação apenas no sentido comportamental, poderia concentrar-me em “escrever sentenças mais curtas e de maior impacto”.

Em vez disso, fui capaz de me desenvolver através do ato de escrever, porque o interesse do meu coach não foi pelo padrão ou pela estrutura dos meus primeiros livros, mas pelo meu contínuo desenvolvimento. Ambas as abordagens são importantes para o processo de coaching, porém substancialmente diferentes.

Eis porque, para os propósitos do coach integral, preferi não distinguir entre coach e mentor, já que os aspectos racionais desta abordagem transcendem, mas incluem ambas as práticas. Deixo para você decidir onde se situa o limite entre as duas.


Esse texto possui informações extraídas do livro "Coaching Integral", de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006.

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