Aonde eu quero chegar? Você já se fez esta pergunta? Muitas pessoas têm dificuldades em respondê-la. Quando somos crianças, sonhamos e encontramos nos sonhos um mundo repleto de aventuras, de alegrias, de vitórias, somos incansáveis, curiosos, ousados e não enxergamos a dificuldade, a derrota. Tudo é aprendizado, engatinhamos para a vida sem medo de errar.

Na idade escolar, começam a nos impor limites. Passamos a viver em uma comunidade maior que o nosso lar, perdemos parte da nossa liberdade infantil, assumimos responsabilidades e começamos a temer. Tememos não saber as respostas, já não desbravamos mundos imaginários, pois a realidade começa a nos ser mostrada. Contam-nos histórias que nos questionamos para que servirão.

Na adolescência, inicia-se um processo doloroso da perda da inocência. Os amigos dividem-se em grupos: a galera do barulho, a turma dos nerd, os roqueiros, os homens de preto, os coloridos e por aí a fora. Começamos uma busca por nossa identidade e uma busca para sermos aceitos. O fato é, na adolescência perde-se um pouco a identidade e nos tornamos caricaturas de nós mesmos.

Ainda na fase da adolescência começamos a pensar no futuro. O que queremos ser? Onde queremos chegar? Que faculdade cursar? A que no futuro venha render o melhor salário ou aquela que nos fará felizes? Ou, simplesmente não fazer nada! Dá uma vontade de colocar uma mochila nas costas e correr o mundo, se aventurar, ficar longe de tudo que não se gosta e ir de encontro ao novo, ao desconhecido, a aventura e a alegria contagiante dos viajantes sem fronteiras. Mas essa fase vai passando e por volta dos 18, 19 anos temos que decidir o que fazer. E, então, instala-se uma nova crise.

As organizações, hoje, buscam pessoas com formação superior. E você fica pensando: "E eu nem viajei". Mas nesta hora tem que decidir. Faz um teste vocacional e baseia sua escolha naquele curso com o qual mais se identifica. No entanto, não era aquilo que você desejava. Vai lá, presta vestibular e passa... UFA!! Conseguiu. E agora José? Agora, enterra a cabeça nos livros e faz o seu melhor. Sai pelo mundo à procura de um emprego. Aceita o primeiro que aparece, que paga suas contas e vai ficando. Quando se deu por conta lá se foram 10 anos da sua vida e o mais perto que chegou de onde queria, foi assistindo um filme que um amigo lhe recomendou.

Onde você está mesmo? Você olha para os lados, repensa seu passado e percebe que o relógio correu e você nem sabe como foi parar ali. Pois bem, a vida é assim mesmo, nos perdemos e nos encontramos, às vezes todos os dias, às vezes depois de anos. A boa noticia é que sempre se pode recomeçar e não importa quantos anos tenha, 20, 30, ou se já está longe dos 40, há uma década ou mais.

Mas não pense que é fácil. Para recomeçar existe um segredo. O recomeço exige força de vontade, determinação, curiosidade e ousadia. Isso te lembra alguma coisa? Exatamente, aquele pequenino que você deixou guardado por anos, pois ser criança já não interessava mais. Solte-se, liberte-se e encontre essa criança que existe dentro de você, que não tem medo de errar, que enfrenta o mundo de forma destemida e ousada. Seja criativo, explore seus limites, enxergue além dos dois metros que lhe separam das paredes onde se encontra, e do seu sonho de realizar e ir além.

Pegue uma caneta e papel e comece a desenhar o seu sonho. Estabeleça suas metas, verifique as possibilidades, vá em busca de seus sonhos. Você é capaz e pode realizar. Não pense no tempo que passou. Se passou, passou, já não faz parte da sua vida. Não se veja como um derrotado, um frustrado, mas veja-se como alguém capaz de lutar e vencer. A vida nos impõe desafios, nos coloca no caminho de nossos sonhos, mas quem decide persegui-los ou não somos nós mesmos. Mas, para isso você precisa perguntar e responder para você mesmo. Aonde eu quero chegar? 


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