Podem dizer o que for. Não importa. Quem vive a vida intensamente, vibra, sente, inspira.

É um mecanismo imprevisível, cessa a robotização. A loucura caótica de ter que seguir rotinas diárias sem sequer saber se está satisfeito ou não com ela. Sem perceber as sensações, sem observar suas próprias reações. Viver relacionamentos habituais sem enxergar que a alma já parou de desejá-los. Não viver o novo por medo. O velho receio de mudança.

Será que é preciso seguir essa estrada escura? Será verdade que você se sente satisfeito com a vida que leva?

Finais de semana para curtir, a cachaça do esquecimento. Momentos de satisfação com o uso de combustíveis externos.  Alucinógenos mentais... 

Meios inconscientes de sentir um pouco de prazer porque, na realidade, a vida já não está sendo vivida por você. É só o velho hábito de seguir aquilo que a mente já se acostumou e insiste em te informar que é indispensável para você.

Vive-se numa alimentação constante de vícios. Vícios cerebrais. Mentes dominando almas... em alguns momentos dá-se força às vitimizações, no seguinte ao ódio, no próximo instante o apego emocional seguinte. Dependências de pessoas que sequer amamos, mas que já nos acostumamos a ter ao lado, a conviver, com a ilusão de que é o que queremos. Será?

Será que existe amor numa vida em que você mesmo não se ama?

Complexos, ciúmes, disputas, controles, medos... onde fica você no meio de tudo isso?

Comece a se observar. Atente para sua mente. Veja que a todo instante é ela a responsável por incitar a inclinação para o lado negativo de tudo. Não permita. Siga sua alma. Ela indica sempre o caminho do seu bem-estar. Felicidade é permitir que a alma viva.

O medo virá. É a mente dizendo que não aceita as mudanças. Dirá sempre que sua vida é um erro. Tudo o que fizer com o coração, seguindo o curso do rio da vida, a mente vai, no mínimo, sugerir a culpa.

Puxa, vida é movimento, ação, fluxo, mudança. Mudamos o tempo inteiro, a cada instante. Olhe o mar e verá que as ondas estarão sempre surgindo e desaparecendo, é impossível ter esta imagem paralisada. A não ser que você fotografe. Mas o mar já não será real e as ondas deixarão de ser uma verdade. 

Você é como o oceano. O vento da vida movimenta suas águas. Ondas se formam a todo o instante e se movem em diferentes direções, sem referências, sem controles, e jamais se poderá fazer parar no meio do caminho.

A mente tentará fazer com que sua onda fique estática, e se você permitir estará destruindo sua natureza. 

É verdade que o vento causa um tumulto nas águas aparentemente calmas daquela imensidão azul. Mas não se engane. O vento sopra no momento certo. A natureza é sábia. O movimento é necessário. No fluxo das ondas os peixes reproduzem. Vida. O movimento cria vida.

Seguindo o medo que a mente insinua, com a ideia de que mudar significa perder o que já se conquistou, e mantendo tudo como está você terá parado o tumulto aparente que o vento causou, mas a linda onda deixará de ter vida e se resumirá a uma fotografia.

A vida tem um fluxo. Fazemos parte dele. Vamos mergulhar nesse oceano de infinitas possibilidades e viajar em todas as ondas que o vento da vida fizer levantar. Vida é mudança. A vida não para.



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