É inerente ao ser humano a necessidade de se sentir parte de algo maior. Quando falamos em atingir uma meta, são os fatores motivadores que farão com que uma equipe se movimente de forma enfática em direção a um alvo ou até poderá haver fatores que fará com que um ou mais integrantes do time não evoluam como os demais e até paralise, comprometendo o resultado geral.

Qual o papel e responsabilidade de um líder frente a busca de atingir ou superar a meta? Em que grau o mesmo influencia para que esse atingimento gere satisfação e um time engajado para a busca do próximo nível (manutenção/crescimento de resultado/alta performance)?

O que gera movimento positivo e “sangue nos olhos” dos integrantes da equipe? O que faz com que colaboradores de alta performance e com excelentes resultados no passado, possam aparentemente de forma repentina, fazer parte da “berlinda”, correr o risco e muitas vezes ser desligado por não conseguir mais atingir seus objetivos dentro de uma corporação?

Há alguns anos atrás, acompanhei um processo de desligamento de uma líder que tinha dezesseis anos de companhia, não era uma pessoa qualquer, era uma gestora de vendas que já havia desfrutado de inúmeras premiações e reconhecimento nacional por desempenho, sua vida pessoal se confundia a sua própria vida profissional no quesito dedicação. 

Seguindo ordens da empresa, levei-a para o exame demissional por cerca de 60km de onde estávamos, debaixo de muita chuva e num fim de tarde, e por esse motivo tivemos muito tempo para conversar. Curiosa para saber “onde o elo se rompeu” e se num momento futuro como eu me sentiria se tivesse em seu lugar, iniciamos um papo sobre o assunto.

Na conversa, ficou evidente que a motivação e o entusiasmo em fazer o que fazia já não eram os mesmos. Automaticamente, quem vive de números, com a falta deles por meses consecutivos não sobrevive em vendas. Com um gestor que havia chegado a pouco tempo, ficou a dúvida de que se esta pessoa poderia ter sido “resgatada” em sua função e desempenho, pois tentativas não houveram.

No livro em “Busca de Sentido” de Viktor Frankl, psiquiatra na condição de prisioneiro em um campo de concentração nazista, escreveu: “quem tem um porquê enfrenta qualquer como”, conclui-se que quando estamos em um estado de ter um “porque” (motivo + ação) não há dúvidas em nossas mentes, há uma mobilização imensa em uma direção a um objetivo, a uma meta. 

Esse talvez seja, uma das chaves através da qual um líder inspirador gere movimento positivo de seu time em direção a alta performance, tendo o grau de comprometimento e envolvimento através de uma missão maior. Esse esforço na direção de encontrar e realizar sentidos e propósitos é de extrema importância em tudo, inclusive no mundo corporativo.

Manter uma equipe motivada e com um porque é um desafio, ao mesmo tempo que é um importante norte para evitar até, que bons profissionais se percam pelo caminho. Líderes inspiradores usam esse recurso com eficácia, pois conforme já apontou John Q. Adams, “se as suas ações inspiram outros a sonharem mais, a aprenderem mais, a fazerem mais e a serem mais, você é um líder”. 



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