Ser feliz. Talvez essa seja a meta magna da grande maioria dos seres humanos desde os primórdios dos tempos. A humanidade ao longo de seu curso evolutivo alçou patamares até mesmo nunca imaginados, nas áreas sociais, politicas, econômicas e intelectuais e, contudo ainda não encontrou o caminho pleno para ser feliz e dessa forma compartilhar da felicidade.

Por ser uma meta “grávida”, quando observamos o comportamento humano, notamos que as pessoas se movimentam a partir de algo, condição ou oportunidade oriundos do seu meio externo, sem que seja observado o seu eu interior, sendo quase que instantaneamente acionado como um dispositivo tônico e impulsivo, quase sempre levando os indivíduos à tomada de decisões muitas vezes intempestivas e voláteis.

Estudos apontam que pessoas possuem sua capacidade interpessoal acima da intrapessoal, o que configura relações emocionais baseadas em expectativas sempre externas, que consequentemente culminam em reavaliações do que se pretendeu alcançar a partir das relações interpessoais. Considerar a capacidade intrapessoal em segundo plano configura acontecimentos de difícil administração, pois configura a deficiência em relação ao autoconhecimento, a capacidade de se conhecer ao ponto de identificar seus próprios limites, que determinam a competência de cada individuo em relação as suas verdadeira motivações.

Muito se busca entender as razões pelas quais uma pessoa é feliz, nunca se leva em consideração que “ser feliz” não é uma condição, e sim um estado de busca e permanência. Arrisca-se dizer que é algo primordialmente interno, porque a motivação é interna e não externa, de fora para dentro essa motivação pode ser despertada e é isso que comprova quando vemos, por exemplo, que pessoas são felizes, simplesmente por terem um teto para morar, outras se tiverem inúmeros imóveis em seu nome. Pela lógica analisada, pessoas são felizes pelo que podem conseguir após suas execuções interpessoais que demandam em buscar e buscar sempre, sempre impondo condições para que isso aconteça, não havendo dessa forma como estabelecer um estado permanente de felicidade.

Não obstante dessas considerações, a busca citada pela felicidade é algo que depende de um estado? Ou de uma condição? Lembrando sempre que a felicidade é coletiva, o querer e o ser feliz, esses são individuais.



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