Liderar tem a ver com mobilizar pessoas em alguma direção. É, sobretudo, uma habilidade de comunicação que alguns têm mais do que outros.

Liderar independe de hierarquia, de autoridade, de poder. Uma pessoa com talento para liderar pode perfeitamente liderar seus subordinados, seus pares e, até mesmo, seus superiores, em determinadas situações.

O ponto fundamental para uma boa liderança é a capacidade de persuadir e influenciar as pessoas, através de uma comunicação eficaz, argumentação consistente, clareza na exposição do raciocínio e a habilidade de debater pontos de vista. Tudo isso de modo a desenvolver ideias e construir soluções em conjunto, fazendo com que os interlocutores se sintam suficientemente instigados a defender com firmeza as suas teses, sem receio do confronto saudável, e, ao mesmo tempo, confortáveis e confiantes na presença do líder.

Gestão é algo mais complexo que requer não apenas o talento e a habilidade de influenciar pessoas. Implica em saber organizar e transformar conhecimentos, recursos e esforços em resultado.

Gestão, como diz Clemente Nóbrega, implica em examinar o que tem acontecido no mundo das organizações, coletar dados, formular princípios e dizer: “o rumo certo no seu caso é este assim”. E complementa: “sem relação de causa e efeito, nada feito em gestão.”

Vicente Falconi corrobora esse pensamento dizendo: “O verdadeiro poder está no conhecimento que é extraído das informações pela prática da análise. Somente a análise permite conhecer a verdade dos fatos, o que melhora substancialmente a tomada de decisões, garantindo a obtenção de excelentes resultados.”

Ele complementa com maestria: “O conhecimento por si não cria valor. O valor é criado quando o conhecimento é utilizado na construção de planos de ação cuja execução é garantida pela liderança.” E conclui: “Capacidade analítica e conhecimento, aliados a uma liderança que faça acontecer, são o verdadeiro poder.”

Portanto, um gestor eficaz precisa saber o que fazer, por que fazer, como fazer, quando fazer, onde fazer, com quem fazer e quanto fazer. E acima de tudo: fazer acontecer.

O ideal é que o gestor seja também um excelente líder, pois nada se faz sem o apoio e o esforço das pessoas.

E bons líderes precisam ser bons gestores. Afinal, não adianta apenas influenciar pessoas, obter o apoio delas e mobilizar a todos para o trabalho forte e intenso. Se o líder não tiver a competência de gerir será responsável por um grande esforço conjunto que pode não produzir resultado algum.

Como diz Clemente Nóbrega com muita sabedoria: “Gestão não é esforço, é resultado.”

Nesta mesma direção, Falconi arremata: “A única definição de liderança que interessa às organizações é: Liderar é bater metas consistentemente, com o time fazendo certo.”

Conclusão: não há mais espaço nas empresas para gestores sem habilidade para liderar e nem para líderes sem capacidade de gerir. Um bom gestor deve ser capaz de priorizar suas ações, envolver e mobilizar recursos, construir processos inteligentes e comandar as pessoas na direção certa (liderar), realizando entregas frequentes de seu trabalho para atingir suas metas. Quando não faz assim, acaba exausto de tanto trabalhar, produzindo grande esforço (muitas vezes descoordenado) e entregando desculpas sistematicamente.



Informamos que esse texto é de inteira responsabilidade do autor identificado abaixo.