Quantas vezes reclamamos da nossa vida, que as coisas não dão certo, que tudo poderia ser melhor e muitas outras queixas? Uns fazem mais, outros menos, mas uma coisa é certa, infelizmente é complicado encontrarmos alguém que seja plenamente feliz ou que declara ter tudo que quer na vida.

O coachee quando chega na nossa frente, na sua grande maioria, não é diferente não. Isso dura pouco tempo.

Quem procura o processo de coaching em cada sessão é questionado pelo coach, sempre com exemplos com fatos e evidências, e as perguntas poderosas fazem com que ele, ou ela, perceba que a maioria das coisas que reclamam é culpa deles mesmo, já que deixaram que as coisas ruins pesassem mais que as boas em suas vidas.

Cada um carrega consigo coisas boas e ruins em todos os pontos da vida. Certa vez, ao participar de uma palestra na igreja, o palestrante nos fez pegar dois papeis. Em um era para colocar tudo que não gostava ou que não era bom e no outro era para ser colocado o oposto. Ao final, depois de meia hora, teríamos que olhar para os dois papeis e vermos qual tinha mais coisas escritas. Enquanto analisávamos, o palestrante dizia que coisas boas atraem coisas boas e as ruins atraem coisas ruins. Quem tinha mais coisas negativas que positivas eram as que reclamavam mais de Deus e o mundo.

Essa “balança” que fiz na palestra acontecem em todas as sessões de coaching de maneira invisível. Quantas vezes os clientes descobrem que faziam algo não tão bom no ponto de vista deles e uma vez descoberta essa ação, ao erradicá-la ou minimizá-la, a vida dele melhorava, e muito, e as reclamações diminuíam na mesma proporção.

No retiro que fiz na igreja, o padre que deu a palestra, orientou a cada um prestar mais atenção na lista negativa e ver o que poderia ser feito para diminuí-la. Na sessão de coaching o cliente, motivado, faz a mesma coisa, até com mais naturalidade e segurança que as pessoas que estavam no retiro que participei.

Na sessão de coaching, os itens negativos e positivos são sempre validados com fatos e evidências, e fora que o profissional extrai muito mais coisas através das ferramentas e perguntas que uma pessoa que faz essa analise sozinho. É sempre muito mais fácil listarmos as coisas boas do que as ruins, exceto quando estamos deprimidos. Isso é um perigo, pois muita coisa ruim pode ficar escondida, o que é extremamente prejudicial. Nas ferramentas “Perdas e Ganhos”, “SWOT”, “Matriz de Mudança de Hábitos” e qualquer outra onde o cliente tem que expor algo não tão bom, eu tento extrair o máximo possível de informações, para sabermos todos os obstáculos que temos que trabalhar.

Depois que o coachee passa pelo processo, automaticamente ele se torna uma pessoa mais analista e sempre que pode coloca na balança sua vida para ver o que pesa mais, pois durante o processo fez isso muitas vezes e viu o quão importante é essa “balança”.



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