Estive pela primeira vez em Minas Gerais em fevereiro deste ano com um grupo de amigos, foi meu momento mineiro e compacto de ‘Comer, Rezar e Amar’. Anterior à nossa chegada, houve um período de chuvas que dificultou o acesso para locais mais retirados, o que fez com que tivéssemos que procurar por rotas alternativas e acabamos nos perdendo no deslocamento entre São Paulo e Minas. O que isso tem a ver com comunicação?

Não haviam placas de sinalização no local e foram alguns dedos de prosa com veículos que cruzaram nosso caminho, que nos direcionaram ao Antigo Mosteiro Serra Clara, nosso destino. Fiquei me perguntando sobre “placas de sinalização” em processos de comunicação. Existem? Não. Não de uma forma escancarada, que facilite o convívio e evite possíveis conflitos. É preciso sensibilidade, disposição, uma certa dose de curiosidade e muita empatia para sentir tais placas, tais sinais e atingir níveis mais elevados nos processos de comunicação.

Refleti, então, sobre o papel do coach e sua habilidade de comunicar e a condição de ser empático. Pesquisei sobre empatia: “A palavra empatia se originou da fusão de duas palavras gregas, com seus respectivos significados: in – para dentro; pathos – sentimento. Empatia é a capacidade psicológica de tentar compreender sentimentos e emoções das outras pessoas. A empatia é uma das qualidades do ser humano ligadas à inteligência emocional e pode, portanto, ser desenvolvida. A empatia é a mais complexa capacidade que uma pessoa pode desenvolver durante a vida, pois consiste em fazer uma viagem para fora de si na tentativa de enxergar as situações da vida de uma outra pessoa sob o ponto de vista dela; e, ao mesmo tempo, procurar estar isento de seus pontos de vista individuais. A verdadeira empatia é aquela que consegue ser imparcial.”*

Aprendemos nos primeiros dias do curso de coach, que somos AMIGOS DA META, trabalhamos para apoiar nossos coachees a atingirem suas metas. Podemos fuçar seus desejos, entender suas necessidades, vasculhar sobre suas vitórias, considerar suas fraquezas, gerar reflexão sobre seus motivadores, empoderá-los de alguma forma, enfim, fazer incontáveis perguntas, entretanto isso não será suficiente. Há que se estabelecer um elo de confiança que, além de promover uma comunicação de mão dupla, gere empatia. Acredito que há os que nascem empáticos, assim como acredito também que podemos desenvolver a empatia. Investir nesse desenvolvimento é primordial para o sucesso como coach.



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