Um dia estive numa conversa com um grande amigo meu, Treinador e Coach, sobre esse tema. Refletimos bastante para chegarmos a uma relação de prova social e o processo coaching onde as pessoas se submetem em busca de melhorias pessoais e profissionais. É uma máxima muito importante. Nós, durante o debate acreditamos no seu uso de forma equivocada e não bem interpretada quando praticada na sociedade. As pessoas utilizam-se do cunho religioso para proferir essa frase. Nada incongruente, o uso verbalizado em ambientes em que sejam primárias as vivências das religiões.

Nesse momento, o que precisamos analisar é que as palavras que nos remetem ao título têm um contexto muito mais amplo. E, nós como Coaches já vivenciamos situações diversas acontecendo em atendimentos. Isso, tanto para o lado negativo, bem como, para o lado positivo. Sem contar que o Coachee nos exige psicologicamente. Afinal, nossa especialidade é perguntar para apoiar o cliente na sua Ação/Meta.

O Coachee, em todas as sessões precisa levar o seu Plano de Ação para ser concretizado. Observemos que uma semana depois, alguns aparecem nos afirmando que cumpriu o combinado para atingir a sua Meta. A nossa felicidade é geral, pois como somos Coaches percebemos que continuaremos amigo da Meta, apenas com novas Ações. O Start foi dado e muito bem elaborado. E, para o Coachee a sensação é de dever realizado. Tornando-o mais próximo daquilo que deseja alcançar. Quando perguntado ou às vezes nem precisamos inquirir os clientes afirmam sendo muito comum escutarmos atentamente, que se sentiram cobrados pela consciência para cumprir a Ação. O contrário também acontece. Temos Coachee que chega constrangido para a Sessão por não ter realizado parte do Plano de Ação. Quando não muito, nem cumpriu o plano de ação total. Nasce assim, a incongruência por parte do Coachee em relação a sua desejosa Meta. Para nós todos, a frustração é geral. É a Meta estremecida do Coachee para ele mesmo.

Um outro ponto, essencial, dentro da metodologia Coaching serve de alerta muito mais para o Coach. Os leitores também podem perceber isso, quando são clientes dentro do processo. O Coaching não é terapia. E, mesmo que fosse. O Objetivo do Coach, em apoiar o Estado Desejado do Coachee, em seu lado profissional, se estabelece apenas, em sair de algum ponto e chegar numa Meta. Suas perguntas são para desfazer pontos inconscientes do cliente. Tirar o lado mecânico do dia a dia. Fazer qualquer um tornar-se mais criativo, quando se acha não ter a saída para atingir o objetivo. Sendo assim, é de inteira responsabilidade nossa, quanto Coaches, apenas atentarmos para àqueles pontos que levem soluções. O julgamento é um golpe mortal para a prática cotidiana do título dado a esse texto. Pois, o fato de decidirmos e nos tornarmos um Coach, se estivermos cientes, do nosso papel profissional e social, nos lembraremos que todas as sessões servem de um crescimento moral e espiritualista. Afirmação essa, tanto para o contratado, tanto para o contratante das sessões. O não julgar quem quer que seja, nunca se rotulará por questões de convenção profissional. E, sim, por sabermos que todo Coach estabelece uma relação de compromisso na sua descoberta. As estratégias são autoaplicáveis. Imaginamos que se descobrimos nossas fraquezas e fortalezas, não há necessidade nem de se punir, como também, de julgamentos para com terceiros.

Então, a ideia de orar e vigiar na verdade, tem a sua amplitude filosófica e social quando praticada direcionando o indivíduo a congruência em verbalizações e ações. Há um exercer de um cuidado entre o que foi dito com tudo aquilo que se faz. Desta forma, o que teremos sempre será um alinhamento real entre a nossa razão e a nossa emoção concretizados em nossas atitudes.

Um Somos Nós



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