Em um dos lançamentos do meu livro (A qualidade muda o roteiro - A verdadeira arma do profissional competitivo), um senhor que estava ofegante interrompeu uma conversa minha para fazer perguntas sobre coaching. Parei para atendê-lo.

Entre uma indagação e outra, ele tentava recuperar o ar e limpava o suor. Os questionamentos, na maioria, não eram sobre o processo em si. Eram mais dúvidas sobre minha formação e a respeito do caminho até lançar uma obra.

Percebi, então, que meu interlocutor não ficara esbaforido apenas porque estava calor e teve que correr até a livraria. O que ocorre é que ele via no coaching a possibilidade de um grande salto. Não como cliente, mas como profissional.

Para ele e para outras pessoas que demonstraram interesse, recomendei a Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC), com muita ênfase. Ao mesmo tempo, no entanto, dei um puxão de orelha daqueles!

O motivo é o seguinte: ninguém sai do zero para se tornar guru do mundo corporativo por causa de um curso de 70 horas. É preciso ler. Ler muito. Deve-se adquirir experiência no mercado de trabalho, ver o mundo de forma contextualizada.

Se, com tudo isso, o caminho ainda é difícil, imagine o quão árduo será o trajeto de quem pensa que o diploma resolve tudo! Delegar seu destino somente para a formação pode significar uma decepção imensa. Atenção é essencial.

Quando estava em São Paulo para estudar com os grandes mestres do coaching no Brasil, aproveitei o intervalo entre um módulo e outro e corri para a Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Comprei todos os livros recomendados pelo professor.

Contei a um colega que estava a ler cinco obras ao mesmo tempo e ele me perguntou se não "embaralhava tudo na cabeça". Respondi que adorava leitura e que isso nunca fora problema para mim. Depois, fiquei a pensar sobre o questionamento dele.

Curioso, não é? Nenhuma cabeça "embaralha" por assistir quatro novelas ou trezentos seriados ao mesmo tempo. Então, já passou da hora de nos rendermos aos livros. Melhor ainda se for "A qualidade muda o roteiro" (brincadeirinha...).

Se você não tem o hábito de ler, ficará surpreso com o milagre que dez minutos por dia podem realizar. O diploma tem potencial para ser um excelente ponto de partida ou até uma coroação. Ele não é trampolim. Muito menos botão de "turbo".



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