Muitas vezes no nosso cotidiano, acabamos perdendo a noção do que realmente é essencial ao coração e assassinamos o Pequeno Príncipe que habita nos nossos corações. Assim, assamos a adotar o padrão de vida baseado nos tons de cinza, inundados em um caos e numa grande sensação de insatisfação.


Quem já não se sentiu insatisfeito e inerte com seu estado atual, sem perspectiva na carreira ou na vida pessoal?


Pois bem, essa insatisfação ou inércia, ocorrem em virtude dos compromissos, obrigações e metas audaciosas que assumimos ao longo da nossa existência, que nos obriga a eliminar da nossa roda da vida, o tempo precioso dos nossos desejos lúdicos.


Só para ilustrar esse cenário:


- Qual foi a última vez que você brincou de verdade, sem se preocupar com os julgamentos dos outros?
- Quando foi que você cantou, dançou e deu inúmeras gargalhadas sem parar, quase perdendo o fôlego por causa de uma piada sem graça? 
- Qual foi a última ocasião, que você ficou horas conversando com um amigo, relembrando os micos da juventude?
- Ou a última vez que você abraçou seus pais e pediu para eles te abençoarem?


Por vezes, temos a impressão que estamos participando de um programa de auditório do Silvio Santos, parecido com aquele da cabine fechada, que representa o nosso universo particular, com um fone de ouvido sem escutar as opções que estão sendo oferecidas, e quando as luzes da cabine se acendem, respondemos com o um sim ou um não a opção em questão, que pode ser positiva ou negativa, dependendo do bel prazer da produção do programa.


E a decisão ocorre no senso comum do nosso piloto automático, associado a uma pressão em responder em tempo real a opção que o Silvio Santos fez, sem nenhum critério racional.


E dentro desse movimento cíclico, acabamos validando um monte de atividades, compromissos e obrigações que poderiam estar em desacordo com os nossos valores e pretensões de vida. 


Aí meu amigo, começamos a adotar o padrão de vida baseado nos tons de cinza, onde o essencial está o tempo todo em conquistar resultados abusivos sem nenhum critério plausível.


Não estou querendo fazer apologia a uma vida desregrada, pelo contrário quero apenas que você faça uma breve reflexão, e pense quais os valores da sua infância que você deixou adormecer no interior no seu coração, e que poderia se converter a seu favor para que um novo diferencial competitivo possa emergir e alavancar o seu desenvolvimento humano. Que possa te conduzir a um novo platô, na sua transformação de vida com intuito de alcançar resultados mais sustentáveis aproveitando as oportunidades que o meio ambiente está oferecendo.


Imagine você resgatando a espontaneidade de se expressar sem julgamento, a sensibilidade de ajudar um próximo sem nenhum interesse, o poder de perdoar sem mágoas as desavenças e a criatividade de transformar uma caixa de sapato no melhor brinquedo do mundo. 


Perceba que perdemos essas essências ao longo de nossa jornada neste plano e sem ter noção exata acabamos assassinando o Pequeno Príncipe que há dentro de nós.


Sem ter ciência que o importante não é querer deixar de ser adulto e sim tentar se tornar um adulto melhor com o que há de melhor da essência infantil.


Resgatar a simplicidade do nosso Pequeno Príncipe é um fator que devemos cultivar todos os dias de nossas vidas, pois afinal somos responsáveis por aquilo que cativamos e se cativamos o que há de melhor na essência humana, conseguiremos atingir os nossos objetivos com mais tranquilidade e diversão.


Bote fé!



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