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PROGRAMA ACERTAR É HUMANO

#059

Em mais um Programa Acertar é Humano o professor Nélson Sartori falou sobre “Alguns dos grandes empresários que foram referência no mundo pelos grandes feitos. E esses cometeram erros? Quais?”. Conheça um pouco da história de homens de sucesso!

059 - Programa Acertar é Humano: de 11/06/2015

Programa Acertar é Humano (11/06/2015)

Nélson Sartori e Sulivan França

Tempo de áudio
25 minutos e 34 segundos
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♪ [tema acertar é humano] ♪

Começa agora na Mundial Acertar é Humano, um programa que apresenta crônicas com humor e foco na solução, sempre falando de temas diversos como empreendedorismo, liderança, esporte, atualidades, comunicação entre outros. Tudo isso seguindo a filosofia do coaching.

Programa Acertar é Humano, uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori.

[NÉLSON] Bom dia, ouvinte. Aqui quem fala é o Professor Nélson Sartori em mais um programa Acertar é Humano.

Em nosso programa, nós estamos fazendo uma série e já há algum tempo falando sobre grandes homens de negócios, mentes, pensamentos, sobre pessoas que realizaram coisas importantes aqui dentro do mundo dos negócios.

É importante entender que muitas vezes nós criamos ícones admiráveis e os colocamos em um patamar como se fossem pessoas intocáveis. Isso não é verdade. Muitos (e na verdade a sua grande maioria) são pessoas comuns que cometem muitos erros.

O erro é uma marca muito importante tanto quanto o sucesso, porque foi com os erros que muitos deles aprenderam.

Alguns nem tanto. Alguns erros perduram, fazem parte da natureza humana. O que não significa que determinado tipo de comportamento, ou o pensamento de uma pessoa que não se ajuste ao seu tempo, ou então não se ajuste muito bem a sua sociedade, isso não se justificando como um. positivo, mas mostrando que as pessoas são humanas. Erram ao mesmo tempo que acertam.

Nós temos elementos referenciais dentro do mundo dos negócios, de grandes nomes, empresários, que produziram coisas fantásticas e erros absurdos também.

Da mesma forma tomar, como tomavam atitudes positivas, inovadoras e fizeram o mundo crescer em tecnologia, produtos, ciência, também deram um passo para trás, no que diz respeito as relações sociais.

Nós não podemos imaginar que uma pessoa é plenamente perfeita. Até mesmo porque se fosse, não estaria aqui, teria outro lugar para estar, ou talvez nunca mais voltar.

GRANDES EMPRESÁRIOS: GRANDES FEITOS E GRANDES ERROS

Então eu quero falar um pouquinho para vocês sobre alguns dos grandes empresários do mundo, nomes que foram referência, tanto no passado quanto no presente, no que diz respeito aos seus grandes feitos e ao mesmo tempo as possibilidades de erros que eles atingiram.

O primeiro nome, que é dos um dos nomes importantes para falarmos, tradicional no mundo empresarial, é o Henry Ford.

Henry Ford

Ele teve um grande feito. Ele fez a pessoa desejar um carro novo. Ele criou um sonho que hoje em dia é uma realização humana.

As pessoas pensam em duas coisas: eu quero ter a minha casa própria e o meu carro – e a primeira é o carro.

É um sonho do jovem, a liberdade. O automóvel é um símbolo da independência. Por mais que vivamos no trânsito, que estejamos sempre parados dentro do carro, ele ainda representa uma conquista, até pelo custo elevado que nós temos.

E ele fabricou o carro, o Henry Ford, por um preço acessível. Essa foi uma grande diferença.

Ele começou a produção do automóvel em uma série, para poder vender à população que podia comprar. Vejam, ninguém está falando que ele criou o carro popular, nós sabemos disso, mas tirou aquela concepção elitista de automóvel, como se apenas as grandes fortunas pudessem ter algo assim.

Ele pensou: "O automóvel tem de ser um meio de transporte coletivo e que muitas pessoas possam tê-lo."

Ele criou a concepção dentro da indústria de propagar aquele bem para todos, ou seja, tornar acessível. Isso é algo que é louvável.

Eu crio um produto, que pode ser um produto de consumo que todos possam consumir e a qualidade é baixa. Eu crio um produto para os grandes consumidores de grande potencial financeiro e elitizo a estrutura.

Ele já fez diferente. Ele criou uma grande ideia. Ele desenvolveu uma estrutura importante e ofereceu a todos. Quando nós dizemos todos, todos aqueles que tinham condições.

Hoje o automóvel é um bem importante, quase fundamental na vida da maioria das pessoas.

Criar o desejo de uma pessoa querer um carro. Ele criou essa vontade da pessoa de querer um automóvel. Então isso foi algo louvável. Hoje faz parte da nossa vida.

Agora, só coisas positivas ele fez? Não, ele era antissemita.

Dentro do mundo dos negócios, ele era preconceituoso, discriminador. Que coisa negativa dentro da construção de um espírito tão revolucionário no mundo industrial. Isso não é mérito, isso é demérito.

Nos tempos em que nós vivemos, você ter intolerância religiosa é uma coisa triste que nós vemos o tempo inteiro. Da mesma forma, tão triste quanto o desrespeito, o descaso que existe pela crença alheia. Eu acho que as duas coisas têm de ser respeitadas na mesma proporção. Eu respeito a crença, a religião das pessoas e respeito as pessoas independentemente de suas escolhas.

E ali você vê alguém que tornou acessível, que fabricou um carro a um preço mais acessível, oferecendo a todos um benefício. Porém, uma cabeça aberta a ponto de oferecer tudo isso, de criar um mercado, um produto, que atendesse a todos, ele tinha o seu lado negativo: o antissemitismo.

A segunda personagem que nós vamos falar é o John Pierpont Morgan.

John Pierpont Morgan

O maior feito dele foi salvar os Estados Unidos duas vezes da depressão econômica com o dinheiro do próprio bolso. Ele foi um dos grandes investidores mundiais. Ao todo, ele chegou a emprestar 65 milhões em ouro para o tesouro americano.

Ele já era um investidor. Isso significa que ele acreditava e investia. Ele acreditou no seu país, investiu nele, emprestando dinheiro duas vezes. Não era um especulador, explorador, mas sim um investidor.

Dentro do conceito de investimento, você põe capital com a expectativa de que aquele empreendimento cresça e é o crescimento que vai trazer o seu lucro.

Ele investiu no próprio país. Isso é muito difícil de a gente ver. Uma pessoa que, vendo o seu país em crise, vá lá e pega dinheiro do próprio bolso, isso é de uma ousadia, de uma crença muito grande. É quando você associa e coloca tudo em torno de uma crença: acreditar no seu país; investir nele.

Ele mereceu ter o retorno lucrativo que teve? Com certeza. Porque ele conseguiu reerguer o próprio país, dar um impulso.

Nos tempos em que nós vivemos hoje, principalmente dentro da política, como um exemplo em nosso país, em que a ambição é mais importante do que a própria dedicação àquele que o elegeu, em que os jogos de interesses políticos, em que os acordos e os tratados eleitorais vêm em primeiro plano, você pagar dívidas de campanha e beneficiar aqueles que o colocaram no poder é mais importante do que atender o povo que votou em você, é uma boa lição ver as pessoas que ainda investem no mundo e que acreditam nas pessoas.

Nós vivemos um momento de progresso no nosso país e ao mesmo tempo de muita tristeza. A tristeza ligada àquela concepção de que o erro que existe é um erro muito grande e é bem maior do que o erro cometido por uma legenda, um governante, o erro de um país inteiro que criou e perdeu os valores.

Nós vemos isso com muita dor quando criamos um filho, quando você percebe no que os valores se transformaram e que você não pode dizer simplesmente: "Não, eu sou vítima daquilo que eu vejo o meu governo fazer". O governo é o reflexo do que nós somos.

Eu vi uma palestra recentemente, em que a pessoa dizia que, enquanto o pai pega um atestado médico falso para dar para o filho ficar em casa vagabundeando, ou então que pede para o dentista uma receita ou então um recibo falso para ele poder ter abatimento no Imposto de Renda, ou que burla o Imposto de Renda, burla tudo, nós estamos vendo a mesma corrupção acontecer. Não adianta se justificar dizendo que "eles roubam meu dinheiro, então eu roubo também" porque você simplesmente se igualou. Então são os valores.

Esse exemplo serve para nós pensarmos o seguinte: a questão é que todos fazem as coisas coletivas. Nós precisamos começar a fazer a nossa parte independentemente de tudo. Faça o seu bem-feitinho, seja um bom exemplo para o seu filho dentro da sua casa. Isso vai ser algo importante.

O Morgan teve também o seu lado – eu não sei se é positivo ou negativo. Na época da Guerra Civil, ele pegava aquelas armas que haviam sido deterioradas na guerra e comprava por U$ 3,50. Comprava armas deterioradas, depois reformava e vendia para o exército por U$ 22,00 cada uma delas.

Ele comprava bem barato, reformava e as vendia barato. Ele revertia os valores que investia para ele, com uma grande margem de lucro. Ele terceirizava. Ele participava da parte da compra e da venda e terceirizava o trabalho de reforma das armas. Ganhava com isso. Fornecia armas a um custo bem baixo, dentro da concepção de armamento do seu país. Ou seja, reabastecia o seu país e ganhava com isso, mas ganhava beneficiando.

Então eu acho que é importante que, quando você pense no bem das pessoas, seja retribuído por isso. É uma coisa natural. Não há mal algum em oferecer algo bom e disso você tirar os créditos para você, ou seja, tirar lucro, você ganhar dinheiro com aquilo que tem de bom, que criou, que ofereceu.

O que é ruim é quando você entra para um conceito de separatismo, exploração. Isso é ruim. O J. Morgan já teve valores positivos dentro desse contexto.

Um que já foi interessante e que nós vemos em tudo quanto é lugar a concepção dele, foi a do Sam Walton.

Sam Walton

Ele foi o fundador do Wal-Mart, império varejista. O que ele uma grande rede de distribuição. A vantagem disso era o conceito de preço baixo que hoje abraça as grandes empresas de supermercados que é você trabalhar com uma grande quantidade de produtos vendidos, porque você compra muito, vende muito e mesmo tendo um lucro mínimo, você lucra muito, porque você lucra na quantidade. Isso dá ao consumidor acesso aos produtos sem que ele participe daquela super exploração do atravessador, como era o conceito do comércio no passado.

A burguesia, no seu surgimento, desenvolvimento, aparece como intermediário explorador. "Eu tenho acesso, então eu cobro o quanto quiser", porque quem compra é aquele que pode pagar. A preocupação maior era da exploração desse capital e não do fornecimento de produto.

A concepção do Walton foi qual?

—Nós criarmos não só uma rede de supermercados mas uma grande rede de distribuição de produtos de abastecimento desses supermercados.

Não adianta eu montar uma série de lojas pelo país e cada um ter que fazer a sua própria compra, porque aí o mercado vai lidar com ele como se fosse um simples cliente. Agora, quando você pega as grandes empresas, que é o que acontece hoje em dia, (por exemplo, o Wal-Mart está nos grandes negócios que nós vemos), você encontra em cada bairro grandes supermercados, porém de tamanho reduzido para atender àquela população específica, mas praticando preços dentro da concepção do preço baixo.

Quando nós falamos em preço baixo, não estamos falando que tudo está barato (isso é importante, senão as pessoas vão acabar falando: "Você está louco. Está tudo muito caro"), o que estamos dizendo é que, apesar dos custos elevados que temos da cesta básica, quando você vai procurar nesses grandes supermercados, você encontra um lucro mínimo por parte deles justamente por causa da grande quantidade comprada.

Alguns supermercados colocam a sua própria marca nos produtos, que é para poder diminuir o valor do rótulo. Ao invés de eu vender produtos consagrados pelo nome, eu pego esses mesmos produtores, compro os seus produtos a um preço menor, já que eu não preciso pagar royalties a ninguém, e vendo com minha marca.

As empresas que têm potencial de venda fazem isso porque eles vendem os seus produtos com rótulos e sem rótulo. O produto vende duas vezes. Em uma, ele ganha pela quantidade e em outra, ele ganha pela suposta qualidade, sendo que na maioria das vezes a qualidade é a mesma.

São concepções inteligentes. Você vê supermercados que colocam a sua marca em produtos que são de ótima qualidade: eles arrumar uma maneira de diminuir o custo.

O supermercado continua comprando do produtor (que continua tendo lucro), diminui o valor do produto por causa do royalty que ele deveria pagar pela marca, vende, tem o seu lucro e atende a uma população cada vez mais crescente.

Então é preciso ter esse tipo de concepção em que você ganha pela quantidade e não única e exclusivamente por deter o produto, o processo, na sua mão.

O conceito de preço baixo, foi um conceito inovador, que logicamente colocou em evidência os grandes supermercados e diminuiu um pouco aquela concepção do mercadinho de bairro, aquela coisa mais popular.

Infelizmente, isso acaba sendo uma realidade que comerciantes têm de se adaptar. Nem sempre vão poder continuar dentro daquela expectativa pequena, já que você tem de atender a todos. É importante inovar também.

O Sam Walton era na sua natureza um caipira duro, um cara sem dinheiro que ia começar esse tipo de trabalho e criar, a partir dessa ideia, um império fabuloso.

Ele partiu de qual princípio? Qual o conceito?

— Eu vendo em grande quantidade com lucro pequeno e não paro de trabalhar. Dou emprego, atendo à clientela e a ela cresce.

Olha só, dentro desse conceito de custo baixo, nós temos mais um grande trabalhador, mais um conceito americano que foi ligado à grande produção.

ALFRED SLOAN

As grandes primeiras indústrias foram as automobilísticas. Então o Ford foi aquela concepção de que as pessoas deveriam ter um carro.

Mas aí chegou o Alfred Sloan, que foi o cara que salvou a General Motors da falência com algumas inovações, como o conceito de que cada carro é uma marca diferente.

É como se o carro fosse uma concepção, uma agregação, a vida da pessoa, para diferentes tipos de pessoas, no qual você pode colocar os acessórios. Vejam a concepção dele.

 — Você tem coisas particulares que você pode colocar no seu carro.

Hoje nós temos muitos acessórios que fazem parte do carro. Praticamente ele já vem completo, mas existem ainda algumas concepções em que você escolhe se quer freio ABS ou normal, câmbio automático ou mecânico e alguns que já ficaram incorporados.

Antigamente você escolhia até se a direção era mecânica ou hidráulica. Hoje, com as ruas e o trânsito, nós precisamos ter mais conforto dentro do carro.

Então aí já foi uma adaptação do mercado. O mercado foi obrigado a colocar alguns acessórios. É você personalizar o trabalho personalizado, "eu atendo você no que você necessita" e fazer isso com um carro era importante.

Foi ele também, o Alfred Sloan, quem criou aquela concepção de renovação de carro anualmente.

Hoje em dia, não é assim? Você tem um carro por ano? De onde surgiu isso de que todo ano surge um novo carro com um novo modelo?

Esse princípio de aperfeiçoamento constante é concepção de que a indústria automobilística se inova todo o tempo no design, na tecnologia, que as pessoas podem sempre ter um carro melhor, mais novo, que ofereça a elas condições melhores e dessa maneira possam ir trocando-o. Se há um carro melhor, já que ele é um bem tão importante, elas vão poder trocar, substituir seus carros antigos por carros novos. E vão circulando os automóveis.

Então ele tem essa concepção do carro. Ele que criou a concepção do carro anual. "Qual é o ano do seu carro?". Não é assim que nós falamos? "Que ano é esse carro?".

Você avalia o carro pelo tempo de vida dele, modelo e tudo isso associado ao ano de fabricação.

Então ele criou essa concepção, limites de valor que permitem ao mesmo tempo você negociar um carro novo e um carro usado, o que é bastante interessante.

E outros nomes. Eu poderia citar uma dezena aqui, mas como sempre eu vou fechar com um dos nomes que eu mais gosto dessa estrutura, que é o Steve Jobs.

STEVE JOBS

Ele foi alguém que conseguiu, dentro de uma disputa inicial, (porque no começo nós assistimos aquela disputa entre a Microsoft e a Apple pela conquista do mercado de computadores), reerguer a Apple lançando aparelhos como o iPod e o iPhone que mudaram o mercado e a sociedade mundial. Eles transformaram a concepção.

Eu volto a dizer. Você que enfia a mão no bolso e tira um aparelho celular que faz tudo. O que nós dizermos que é um aparelho celular é até humildade em relação ao aparelho, ele é um microcomputador de bolso. E você colocar isso como crédito de um único homem, é uma coisa fantástica.

O Steve Jobs foi um dos grandes homens que transformou o nosso mundo.

A tecnologia que ele colocou no mundo, a partir da Apple, transformou o modo de vida, a qualidade de vida, de todo mundo. Por mais que isso seja ciência, produção humana, é o mérito do homem sim. Ele conseguiu atualizar a vida de todos, tornando mais fácil.

Alguns se dizem escravos da tecnologia, mas é importante saber que ela traz muito mais benefícios do que escravidão se souber ser bem usada.

O que nós precisamos saber fazer é controlar isso na mão dos filhos. Como pai, essa é a maior preocupação que tem de ver. O pessoal joga muito cedo. A criança fica escrava da futilidade e não da utilidade.

Muito bem, minha gente. Falamos hoje sobre alguns nomes. Na próxima semana falaremos sobre mais alguns e seus grandes feitos, que é para podermos conhecer um pouco mais sobre esse mundo dos grandes negócios e principalmente dos grandes homens, sabendo que você é uma grande pessoa também, independente daquilo que você ofereceu para o mundo.

Você talvez não tenha consciência do que você fez, mas tudo o que fazemos transforma esse mundo e o torna melhor para todos se for feito com coração, dedicação, pensando no bem.

É isso aí minha gente. Até a nossa próxima semana. Um grande abraço a todos. Um grande abraço ao Evaldo, meu companheiro. Até mais.

♪ [tema acertar é humano] ♪

Você ouviu pela Mundial o Programa Acertar é Humano. Apresentação Sulivan França e Nélson Sartori. Uma produção da Sociedade Latino-Americana de Coaching, a elite do coaching no Brasil.

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