Nem sempre o lucro que a empresa obtém demonstra o real potencial dela. Infelizmente, às vezes o empresário se esconde atrás do resultado, pensa que está tudo bem, e perde a oportunidade de fazer adaptações necessárias para que se possa ter o melhor desempenho.

Vemos problemas assim em várias empresas de pequeno e médio porte. Desta vez, o puxão de orelha vai para a forma com que algumas dessas organizações têm encarado o marketing. De acordo com Philip Kotler, o papel do marketing é tornar a venda supérflua, automática.

Ora, isso significa que, se o marketing é bem feito, a tendência é que o trabalho do comercial, por exemplo, seja “facilitado”. Porém, por mais incrível que isso possa parecer, o que temos visto nas empresas são frases desanimadoras, que fazem com que a gente repense o rumo.

Uma delas é a seguinte: “O marketing e o comercial não se dão bem”. Uma outra, bem curiosa: “O marketing está perdendo espaço aqui”. Se o comercial não se dá bem com o marketing, pretende se dar bem com quem? Se o marketing perdeu espaço, quem vai ganhar?

O grande problema é que o marketing tem sido confundido com divulgação. Só que a divulgação é só uma parte do que é necessário fazer para tornar a venda supérflua, automática. Então, não adianta preparar tudo e depois dizer para o marketing “divulgar”.

Segundo Kotler, o marketing deve estar na raiz da criação do produto ou do serviço. Sabe quem fazia isso muito bem? Steve Jobs. O antigo CEO da Apple é considerado um gênio da tecnologia. Só que ele também era um gênio do marketing. Fez isso com maestria.

Você acha que um vendedor da Apple precisa convencer o cliente de que o produto é bom mesmo? Aliás, numa biografia de Jobs que li recentemente, aparece a informação de que a Apple resolveu eliminar a comissão dos vendedores das lojas oficiais da empresa.

A ideia é que os colaboradores tivessem os olhos no coração do cliente e não no bolso dele. Para isso, a Apple caprichou na remuneração fixa e investiu em atendimento. Como seria a reação se sugeríssemos isso em algumas empresas que conhecemos por aí?

Você pode até achar um absurdo pegar um voo, atravessar o oceano e dormir na fila da loja para que se possa adquirir um produto, como clientes japoneses da Apple fizeram nos Estados Unidos. Mas tenho certeza de que você adoraria que seus clientes agissem assim. Marketing!

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