Muito se fala sobre coaching, mas ainda há no mercado muita confusão e desinformação a respeito do assunto. Portanto, hoje o meu objetivo é discorrer brevemente sobre a questão, de forma a ajudá-lo a entender alguns conceitos. 

Há quem o confunda com consultoria, mentoring ou até mesmo com terapia – ideias totalmente equivocadas. 

De acordo com a Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC Coaching), é errôneo entendê-lo como uma terapia, pois seu objetivo nunca será o de promover uma cura, nem tampouco aconselhar o cliente a tomar determinada atitude, isto seria consultoria. Cada pessoa possui seu próprio sistema de crenças e valores e, logo, o melhor para mim poderá não ser o melhor para você e vice-versa. 

Já em um processo de mentoring, o mentor é geralmente um profissional mais velho e com vasta experiência no mercado, cuja função é orientar e dar aconselhamentos sobre carreira. Para tal, se baseia principalmente em suas próprias experiências para dar sugestões e dicas. 

E, por outro lado, o processo de coaching tem como objetivo principal apoiar o desenvolvimento do coachee, de forma a ajudá-lo a encontrar as respostas que procura, algo muito diferente do que fornecer todas as respostas. Ao agir assim, o coach também auxilia o seu cliente a aprimorar sua autonomia, autoconhecimento e engajamento com suas ações.

Visto que segundo Rosa Krausz, socióloga pela USP e fundadora ABRACEM, o processo de coaching se apoia nos seguintes pressupostos básicos:

As pessoas sabem mais do imaginam;

As pessoas possuem recursos, que nem sempre usam, para elevar sua performance;

Perguntas adequadas, estimulantes e objetivas valem mais do que ordens e controles;

Todo erro representa uma oportunidade de aprendizagem;

Metas desafiantes e viáveis estimulam as pessoas a darem o melhor de si;

Querer é poder;

As pessoas são capazes de mudar se assim o desejarem.

O método se divide em duas grandes áreas de atuação: 

O coach para iniciativas pessoais, chamado de Life Coaching, que trata de questões como: saúde, carreira, finanças, relacionamentos, entre outros; 

O coach para atividade profissional, chamado de Executive Coaching.  Neste caso ele se dá no contexto de uma empresa e é geralmente por ela patrocinado. 

Essa atividade vem crescendo de forma acelerada no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das grandes empresas brasileiras usam o método, enquanto que 94% das empresas americanas o utilizam. 

Porém, são poucos os profissionais que possuem uma formação respeitada nessa área. Como ainda não existe um órgão que regulamente a formação e a profissão, somos invadidos por informações equivocadas, e é comum confundi-lo com inteligência emocional, processos de PNL, ou até mesmo com outras formações que variam de 12 a 40 horas. 

Essa avalanche de profissionais, que não estão devidamente qualificados para o exercício da profissão, tem gerado a banalização da atividade e o descrédito do consumidor. De toda forma, acredito na seleção natural, pois certamente não será possível sobreviver por muito tempo no mercado, sem oferecer um serviço de qualidade. 



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