Quantos já ouviram a expressão: “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”? Pois bem, de uns tempos pra cá, cheguei à conclusão de que ninguém vai fazer o que eu digo ou que eu faço, se elas mesmas não quiserem fazer e se não acharem correto. Não importa o tamanho do exemplo positivo que estivermos dando: as pessoas só fazem aquilo que vai de encontro aos seus valores. Todos nós temos uma maneira de agir, de viver a vida, de se comportar e isso se deve ao fato de termos nosso próprio modelo mental. Temos também, com base em nosso modo de viver, nossos próprios objetivos e quando não, o traçamos à nossa maneira. Até ai, não falei nenhuma novidade. O problema é quando pegamos nosso modelo mental e queremos que ele seja a escolha do outro, na vã ilusão de que estamos o motivando por achar que o nosso modelo é o certo. Veja bem, não existe certo e errado. O que existem são valores, e talvez os seus – e muitas vezes é o que acontece – não condigam com a realidade do seu próximo.

Existe uma linha muito tênue entre os termos “motivar” e “influenciar” e é com isso que devemos ter cuidado. Motivar alguém não implica dizer que devemos influenciá-lo de acordo com nossas crenças. Muito pelo contrário. O ambiente necessário para a motivação é a total liberdade de escolha e é exatamente a escolha do outro que devemos respeitar. Impor regras, manipular os pensamentos e as emoções das pessoas gerará nelas além de repulsa, uma reação natural de negação, pois elas perceberão que sua motivação não está vindo de algo que elas creem, mas das convicções de terceiros.

Vamos nos colocar no lugar do outro e pensar: Quantas vezes fizemos algo – com prazer e total plenitude – que foi imposto e não negociado? O quanto nos sentimos à vontade quando alguém nos diz que “temos que fazer algo”? Nosso cérebro com certeza trabalha melhor quando provamos pra ele que aquilo é bom e que estamos fazendo por livre e espontânea vontade e não por imposição.

Como motivadores, devemos agir como “facilitadores”, apoiando as pessoas a partir da escolha das melhores opções pra ela e não oferecendo conselhos de acordo com o que pensamos ser o melhor pra nós.

Ao se relacionar com as pessoas faça com que elas se sintam admiráveis ao invés de se concentrar nas suas próprias convicções!
A mudança começa por você. Pense nisso!

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