Já ouvi muitos pensamentos em minha vida, mas o que mais me marcou de setembro de 2015 para cá foi um pensamento que Mike Martins, master coach com mais de uma década de experiência, disse:

“Quem tem uma opção, não tem opção.

Quem tem apenas duas opções, está em um dilema.

Quem tem três opções, este tem uma opção.”

Já não é novidade para ninguém que o nosso país vive um momento de crise e esta situação tem preocupado muita gente. Esta preocupação faz as pessoas buscarem uma solução ou melhoria, que acaba não sendo uma boa escolha. Um bom exemplo é: para economizar a pessoa cancela o curso de inglês, pois assim esse dinheiro investido servirá para suprir outros gastos.

Muitas pessoas estão se perguntando: Qual a melhor estratégia diante da crise? Com certeza é investir em qualificações para que, através delas, a pessoa tenha mais opções, tanto para si quanto para a empresa que trabalha. No exemplo que citei acima, a pessoa que cancelou o curso fez justamente o oposto do que seria a sua melhor opção. Se a pessoa está no curso é por que não sabia inglês, ou seja, não tinha esta forte e decisiva característica ao seu favor. 

Uma empresa demitiu sete de dez funcionários que tinha para diminuir a folha de pagamento e assim sair do vermelho. O que tinham os três que ficaram de diferente dos outros sete? Os três eram fluentes em inglês. A empresa tinha esta opção a mais deles, e ela foi decisiva nos critérios utilizados para definir quem seria cortado.

No exemplo que dei, a pessoa cancelou o curso deixando, assim, de investir em algo que poderia fazer a diferença na sua vida. Em tempos de crise, sobrevive quem tem mais a oferecer, quem é mais capacitado e quem tem mais opções disponíveis. Deixar de investir em si mesmo durante um período difícil não é a melhor atitude que a pessoa pode tomar.

Outro dia na televisão passou uma entrevista de uma mulher desempregada há quase seis meses, que, vendo que não conseguia sua recolocação no mercado de trabalho, sabiamente investiu no processo de coaching em busca de mais opções, já que se viu sem nenhuma. Ela declarou que estava investindo alto para a sua situação, mas após as sessões ela começou a enxergar várias opções e isso a motivou muito.

A tendência natural do ser humano é juntar para ter estoque durante um período ruim. Pensar em investir num momento em que as coisas estão caras e o desemprego aumentando é algo para quem planeja bem e tem uma visão otimista, mesmo entre tanto pessimismo. As pessoas deveriam estocar conhecimentos e capacitações para lhes dar várias opções numa situação ruim.

Uma moça que conheço foi demitida e se desesperou, pois ficou no mesmo emprego por mais de dez anos e não investiu em si mesma. Não fez cursos, nem faculdade e muito menos um fundo monetário reserva. Ela só tinha como opção a profissão que exerceu por tanto tempo, ou seja, não tem nenhuma opção, segundo o pensamento que iniciei este artigo. Se tivesse feito um curso de inglês, uma faculdade e mais um outro curso na área que trabalhou, talvez não tivesse sido demitida, mas mesmo sendo desligada da empresa, teria mais opções para recolocação no mercado de trabalho, que a cada dia está mais exigente.

É importante também as empresas investirem na formação dos seus colaboradores, pois isso garantirá que os bons e confiáveis funcionários estejam mais preparados e com mais opções para o empregador. As grandes companhias fazem isso. Pois, investir em quem já está lá há muito tempo traz menos riscos e é mais econômico do que contratar um novo funcionário com as qualificações que a empresa esteja precisando.

Se pesquisarmos as pessoas bem-sucedidas e as maiores empresas, descobriremos que sempre houveram investimentos em capacitações, cursos, palestras e formações em busca de melhorias e ampliação o leque de opções para evitar a falta delas ou terem que passar por dilemas na sua vida.

Em suma, investir é a melhor estratégia em tempos difíceis, pois quem investe tem mais que duas opções, tanto para si quanto para a empresa. Com isso torna-se mais importante e essencial para a saúde da empresa, que também tem mais opções para sobreviver.



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