A era da pós-modernidade que estamos vivendo é um mundo com uma enxurrada de informações diárias e mudanças constantes, por isso é muito comum e fácil sair do foco. É muito tentador se encantar pelos ilusórios “cantos de sereia”, e seguir o caminho do lucro fácil e da busca pelo poder e status. Se dirigirmos nossos relacionamentos buscando apenas o proveito próprio e imediato, provavelmente nos tornaremos escravos da nossa escolha, com ações e atitudes sempre incoerentes e incongruentes com a nossa personalidade, pois estaremos sempre mudando de rumo, de “acordo com a moda do momento”.

Não é fácil seguir o caminho da retidão, do trabalho honesto, da dedicação verdadeira, principalmente em uma sociedade onde a corrupção, embora reconhecida como um mal, é aceita quase como uma necessidade para se conseguir algo que seria nosso por direito, e que, se não o tomarmos, outro o fará. Exemplos disso são o tráfico de influência e as políticas no ambiente laboral, percebidos principalmente por quem está começando e que, teoricamente, é mais influenciável.

O começo de qualquer coisa na vida costuma ser sempre difícil e, às vezes, até assustador. Assim também acontece no início de um trabalho ou de uma profissão. Não se conhece os macetes, os atalhos, “o caminho das pedras”. Tudo parece ser uma barreira intransponível que, aos poucos, vamos superando com mais ou menos dificuldades, à medida que nossa ferramenta mais importante, a experiência, vai ganhando corpo.

Nesta situação de insegurança natural, é importantíssimo termos toda atenção voltada para obter o máximo proveito dos relacionamentos com os mais experientes,os mais capazes e íntegros. Vale o ditado: “aprender com os próprios erros é inteligente, aprender com os erros dos outros é sábio”. Não basta termos o conhecimento técnico, teórico e acadêmico, é necessária a “rodagem”, “as horas de voo” passar por situações, muitas vezes, complexas que nos fornecerão a experiência preciosa que apenas a escola da vida é capaz de ensinar. É importante ter sempre presente que cair faz parte da caminhada, levantar e seguir em frente deve fazer parte do nosso espírito: ter a perseverança na luta pelo objetivo a ser alcançado.

Entretanto, é cada vez mais comum na nossa sociedade a atitude de querer ser sempre o vencedor, de forma rápida e em qualquer situação. Vivemos em uma sociedade em que a formação dos jovens carece de profundas noções de limites e valores. Consideramos o próximo apenas como mais um concorrente. Assumem a atitude de já saber e poder fazer tudo; julgam que já estão totalmente preparados. Tudo o que é antigo, é descartável, ultrapassado, inútil. Isto é um erro grave, mas que, infelizmente, vemos repetir-se constantemente. A sabedoria está em sermos humildes, observar, escutar atentamente os mais experientes e nos colocarmos na posição de aprendizes. A comunidade que trabalha conosco agradecerá e nossa sociedade também.



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