Muitos que convivem comigo costumam brincar dizendo que tenho uma bateria extra, porque trabalho horas a fio, faço atividade física, procuro equilibrar minha vida espiritual, familiar, social e amorosa e basta que me convidem pra um bate-papo, uma esticada pra dançar ou um cineminha, que estou pronta! E de onde vem essa energia? Vou contar a vocês!

Vejo significado nas coisas que faço, nas atividades que realizo e nas metas a que me proponho alcançar. Não acredito que tenha que fazer sempre o que gosto, mas se eu conseguir gostar do que preciso fazer o processo já está bastante facilitado; a minha crença é de que nada é perfeito, que tudo apresenta dois lados e cabe a mim escolher como quero enxerga-los, pois como diz Augusto Cury, “o mundo é da cor das lentes dos nossos óculos”! Esse conjunto me impulsiona, como um motor funcionando na minha mente e gerando, por consequência, o movimento do meu corpo. Isso é Motivação: o motivo de minha ação!

“Pode-se definir motivação como um conjunto de fatores psicológicos, conscientes ou não, que interagem entre si, determinando a conduta do indivíduo. Em resumo, podemos dizer que motivação é, como a própria palavra já diz, o motivo da ação.” (Eugênio Mussak; 2003, pag.135)

A literatura nos apresenta dois tipos de motivação: a interior, própria ou também chamada endógena; e a exterior, ambiental ou exógena. A primeira indica que uma pessoa não pode depender exclusivamente de outrem para se motivar, visto que cada um motiva a si próprio. A segunda vem do ambiente em que nos encontramos, tanto físico como interpessoal. Devo dizer que comungo com os autores que definem a endógena como a verdadeira motivação, embora entendam a influência positiva e/ou negativa que o ambiente externo pode causar, seja como estímulo ou uma forma de excitação.

A motivação parte de uma necessidade propulsora do ciclo motivacional. Sempre que se quer suprir uma nova necessidade, o estado de equilíbrio orgânico se rompe e, se satisfeita essa necessidade, o organismo volta ao equilíbrio normal. Se, de outro modo, a busca for frustrada, o retorno se dá por descontentamento, desilusão, apatia, tensão ou agressividade. Há ainda casos em que a necessidade buscada não é satisfeita, tampouco é frustrada, mas substituída ou compensada pela satisfação de outra. É o caso, por exemplo, da busca por aumento salarial ser trocada pelo oferecimento de outro cargo, com mesma remuneração, porém de maior status. O fato é que a satisfação de grande parte das necessidades é passageira e, então, a todo momento, o ciclo é reiniciado.

As necessidades variam sob aspectos internos ao ser humano diretamente relacionados à cognição, ao que pensa, acredita e prevê, bem como a aspectos relacionados ao meio exterior. As necessidades que influenciam no comportamento humano foram dispostas em forma piramidal por Abraham H. Maslow, psicólogo comportamental, conhecido como um dos maiores colaboradores da perspectiva comportamentalista. Mas este é um assunto para detalharmos num próximo artigo!

Quer conhecer suas necessidades? Desenvolva o autoconhecimento e entenda o quê e como lhe impulsiona! Tenha consciência dos obstáculos a serem enfrentados e uma visão clara de onde quer chegar! A atitude diante disso fará total diferença!



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