Se for verdade a máxima de que “a propaganda é a alma do negócio”, o propagandista, ou a propagandista — me permitam um parêntese para também homenagear as mulheres que têm conquistado importante espaço neste segmento nos últimos 20 anos — é o tabernáculo desta alma, e que a constrói por meio de palavras, gestos e emoção.

A despeito dos muitos avanços da tecnologia, e, em especial da comunicação de massa, nenhuma outra força ou estratégia pode traduzir de maneira tão eficaz esta alma, que, ao longo dos anos, permeia o trabalho deste profissional, cujas formas de trabalho mudaram durante todo este tempo. Mas a sua essência permanece a mesma, a essência da comunicação, em uma dialética capaz de construir uma ponte de credibilidade, estabelecendo o elo entre a ciência e a medicina.

Se no passado o representante precisava ser “apenas um bom vendedor”, no presente ele se reinventou e se aperfeiçoou. Sem perder a resiliência e a persuasão, ele se tornou um verdadeiro consultor, mensageiro da ciência, expert em benchmarking, marqueteiro, executivo de vendas, entre tantos outros títulos.

O propagandista não vende fórmulas ou princípios ativos. Ele não vende marcas ou laboratórios. Ele, na verdade, vende muito mais do que isso. Vende credibilidade.

Na essência, seu trabalho não mudou com o passar dos anos, mas as transformações do mercado também exigem dele maior qualificação e capacidade de adaptação em meio a um ambiente altamente competitivo.

Ao escrever este texto, não pude deixar de lembrar alguns dos meus amigos que atuam nesta área, e logo me veio à mente alguns nomes como o do Waldemar, da Neusa, Bill, Juvenal, Maier, Sandoval, alguns cujos nomes se confundem com os produtos que divulgam.

Peguei-me imaginando seus interlocutores, os médicos, e o que eles poderiam fazer quando precisam de um consultor como o propagandista, e quais slogans meus amigos poderiam criar para serem lembrados como os medicamentos que divulgam.

Que trabalho maravilhoso eles fazem! Quando penso neles, às vezes os imagino como verdadeiros heróis anônimos, que trazem soluções inovadoras como os medicamentos criados para curar, diminuir ou eliminar a dor, prolongar e melhorar a qualidade de vida de pessoas como eu.

Já para outros, como alguns pacientes na fila do consultório, e que muitas vezes os vitimam com aqueles olhares fulminantes, eles são os vilões que estão ali apenas para tomar o tempo do médico.

Na verdade, são pessoas como todos nós, são pais ou mães, esposos ou esposas, como qualquer outro mortal, mas que conseguem transformar seus esforços em realizações.

Ah, esses homens e mulheres maravilhosos, que anonimamente trazem alívio e cura para nossas dores, que divulgam a ciência, que agregam valores, e que não raramente podemos encontrá-los sempre solícitos e sorridentes.

Por sua importância, queridos amigos, me permitam render homenagens a vocês, que decidiram escolher uma profissão de serviço à humanidade.

Permitam-me lembrar de que a despeito das dificuldades do dia a dia, o seu trabalho faz meus dias serem melhores, e que ele seja sempre um trabalho iluminado em que eventuais fracassos, como certa vez disse Henry Ford: "Sejam apenas uma oportunidade de começar de novo com mais inteligência e redobrada vontade."

Nós, aqueles cujas dores são aliviadas em parte por seus esforços, lhe rendemos gratidão



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