Em primeira análise, decisões erradas causam problemas. Vimos noutro artigo a importância de ter clareza no que desejamos, junto a isso estão as razões. Mas qual a necessidade de descortinar os motivos das minhas decisões? Na verdade quanto mais claro fica, mais você se sente autorresponsável pelo resultado, ter ciência de quais razões te fazem pensar e agir dessa maneira facilita cada vez mais a ter equilíbrio emocional em momentos de estresse.
Voltemos ao exemplo do primeiro artigo “querer casar”, eu apresentei algumas possíveis respostas:
· Tem um parceiro sexual constante
· Mostrar para sociedade o meu sucesso
· Seguir uma ordenança religiosa
· Garantir futuros herdeiros
Em cima desses argumentos você responderá numa folha de papel:
· Como eu poderia ter certeza do que você está dizendo?
· Quais evidencias existem para apoiar o que você está dizendo?
· Em que autoridade está baseada a sua argumentação?
Se você tem seguido o protocolo já se deu conta de que estamos numa profundidade grande, estamos testando os alicerces das crenças e valores de quem está falando. Num diálogo, esse tipo de aprofundamento é uma excelente maneira de criar uma intimidade, um jeito simples e eficaz de conhecer sem necessariamente interrogar.
Pensando em autoanálise, tem mais um pequeno truque que potencializa as outras perguntas:
· Como o meu argumento pode ser refutado?
· Quais os pontos fortes de fracos do meu argumento?
· Pensar assim é razoável?
É nesse ponto que se torna claro quais as fragilidades da minha ideia. Ver do ângulo oposto proporciona uma visão mais “ Pés no Chão”. Para responder à pergunta será preciso admitir todos pontos fracos da minha ideia, ao ponto de estremecer as bases da minha decisão, e isso consequentemente reduz cada vez mais a superficialidade do meu posicionamento.
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