Sei que é difícil ser universitário. É uma realidade em qualquer lugar do mundo. Na maior parte dos casos, é preciso trabalhar dois períodos e estudar no outro. Sobram poucas horas para dormir. A soma da mensalidade da faculdade com as despesas é maior do que a renda.

Às vezes, não há nem renda. O mercado de trabalho tem preconceito com jovens. Exige experiência de alguém com 19 anos. A descrição das vagas parece um show de humor. Fale Francês fluente e seja faixa preta em Karatê para garantir os R$ 600 mensais.

Apesar de tudo isso, eu digo: não desanime. As decisões que nós tomamos no início da carreira são cruciais para o que vai ocorrer dali a alguns anos. Então, quanto mais cedo passarmos por sacrifícios, melhor. É preciso seguir em frente, a despeito das barreiras que vão surgir.

Os obstáculos são inevitáveis. Ficar bloqueado por causa da triste realidade do mercado é pior, sem dúvida alguma. Convido você, jovem universitária, a fazer um exercício. Se sua versão 10 anos mais velha estivesse agora na sua frente, que conselhos ela te daria?

Há profissões em que é básico ter uma segunda língua. Comércio exterior é um exemplo. Sei que o curso de Inglês é caro, mas quem quer aprender de verdade conta hoje com uma ferramenta a que os mais antigos não tiveram acesso. Trata-se da Internet.

Com a descrição da rotina de um universitário que fiz, é fácil argumentar que não há tempo. Só que todas as pessoas têm 24 horas. E sempre temos tempo para aquilo que priorizamos. Então, a pergunta é a seguinte: ter sucesso em sua área é prioridade para você?

Em 1988, o escritor Isaac Asimov deu uma entrevista maravilhosa. O material está disponível no YouTube. Nela, ele afirma que o computador iria revolucionar a educação porque as pessoas poderiam estudar de maneira mais personalizada. Quando e como quisessem.

Anos depois, a tese se confirmou. Só fico triste ao comparar o número de visualizações. Um vídeo de humor recebe milhões de visitas. Outro relacionado a estudo não costuma ter a mesma atenção. Penso que o ser humano é o conteúdo que consome com mais frequência.

Cara universitária, sei de professores que abandonam as aulas da graduação por puro desgosto. É que, às vezes, a mesma informação que uma empresa paga caro para receber conta com desdém de acadêmicos em sala de aula. Para crescer, evite ser uma aluna assim.

A melhor maneira de contribuir para um aperfeiçoamento do mercado de trabalho é fazer parte dele, crescer nele e posteriormente ter poder para tomar as decisões. O mundo tem diversos exemplos de empresas que querem fazer diferente. Prossiga.


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