Escrito por Sulivan França - 17 de Janeiro de 2014

Existem estados especiais, chamados de subpersonalidades, capazes de nos afetar de maneira significativa e reduzir competências. Esses estados são pequenas partes do self que se localizam em diferentes níveis, e vêm à tona quando alguns aspectos do self podem estar em um nível inferior de desenvolvimento. Em situações como esta é dito que o movimento espiral de desenvolvimento está sendo irregular.

Efeitos das subpersonalidades

Essas personalidades inferiores podem vir de qualquer nível de consciência. Ken Wilber, criador da teoria da Psicologia Integral e da Dinâmica da Espiral, qualifica alguns estados da consciência como egos: parental, infantil, adulto, ideal, idealizado, self falso, self autêntico, self real, crítico impiedoso, superego, self libidinoso, entre outros.

Com exceção dos casos em que seja detectada alguma doença mental, do tipo desordem de múltipla personalidade, alguns desses estados de consciência aparecem durante o desenvolvimento psicológico, permanecem por um tempo e tendem a desaparecer.

Espiral de desenvolvimento

A chamada espiral de desenvolvimento ganha esse nome porque a evolução não se dá numa vertical absoluta. Durante a subida, a consciência vai esbarrando em algumas subpersonalidades que não estão no centro da evolução almejada e são mais como efeitos colaterais.

Essas subpersonalidades emergem como vozes inesperadas no diálogo interno e podem surgir associadas a determinados sentimentos. É possível que, ao lidar com algum orientando, o coach tenha a sensação de que essas vozes estão por todas as partes.

Esses estados aparecem com muita frequência ao longo do processo de evolução tornando difícil o caminho rumo ao estado desejado. É como se um carro tentando subir uma rampa em espiral esbarre muitas e muitas vezes nas laterais.

Como esses minisselfs estão em níveis inferiores de consciência, possuem também as adaptações de mais baixo nível, o que pode levar o coachee a se comportar de maneira não desejável quando “sob influência” desse tipo de adaptações, ou seja, em vez de agir de acordo com seu nível normal de adaptação, utiliza maneiras mais primitivas de relacionamento.

No contexto do coaching integral, a ideia dos estados pode ser vista como a combinação das partes do self, de modo que uma ordem superior seja mais consistente e que reja o comportamento do coachee na maior parte do tempo, colocando-o o mais próximo do centro da espiral de desenvolvimento.

Esse texto possui informações extraídas do livro Coaching Integral de Martin Shervington, editora Qualitymark, 2006.
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