"Não tinha maturidade para escolher a profissão, minha mãe falava o tempo todo que eu tinha que passar no vestibular. Era muita pressão, eu queria ficar livre, o importante era passar para qualquer coisa, como tive apoio para cursar Direito, fiz por fazer." Depoimento de um jovem em entrevista feita por Gaioso (2005) a mais de 35 alunos.
Vivemos muito tempo carregando uma mochila de conhecimentos, mas dela apenas, retiramos o que precisamos em momentos bem definidos, e a última coisa que tiramos de nossa mochila é o medo. Dentre tantos sentimentos que vem com o medo estão de fracassar, de perder tempo, de não poder voltar atrás, de decidir errado, de não ter trabalho ou clientes, de não ter dinheiro, de não ter coragem, de faltar a fé. Avaliar as múltiplas inteligências que dominamos determina como somos inteligentes e como as inteligências se correlacionam com carreiras acadêmicas, entendendo usar o melhor de nós a nosso favor. A base de nossas vidas, carreiras e vitórias está no autoconhecimento.
Segundo Dalai Lama “o medo é útil quando nos deixa alerta”. Não podemos permitir que o medo nos impeça de prosseguir, de agir. E se a superação do medo é chamada “coragem”, quando se ouve “vá com medo mesmo”, você está ouvindo, “vá com coragem”. Todos temos tendências individuais, áreas que gostamos e em que somos competentes, e estas tendências se englobam nas dimensões das múltiplas inteligências, em combinação única para cada pessoa.
Na máxima de Delfos, inscrita na entrada do Templo de Apolo em Delfos na Grécia, “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo”, é um provérbio aplicado àqueles que tentam ultrapassar o que são, e mais, um aviso para não prestar atenção na opinião da multidão. O autoconhecimento muda a forma como interagimos com o mundo e com outras pessoas, possibilitando conhecer e aprender novas coisas.
Se cada um é diferente de qualquer outro por fora, como pode ser igual por dentro? E você sabe que é inteligente, mas sabe como é inteligente?
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