Quem já viu o filme "Yes, Man" de 2008 com Jim Carrey, vai entender perfeitamente minha reflexão. Na história, baseada em um livro homônimo de Danny Wallace (Lançamento 2005, Livraria Saraiva R$67,80), o personagem de Carrey é um bancário que diz "não" para tudo. Se recebe convite para qualquer tipo de evento, ele logo trata de negar, inventar uma desculpinha e fugir. Até que um dia, o rapaz participa de uma palestra de autoajuda e é inspirado por um guru a responder "sim" para qualquer coisa. Isso acaba transformando a vida de Jim. Lógico que dizer sim a tudo lhe trará algumas alegrias e também problemas graves.

Deixo o meu conselho para quem ainda não viu o filme: serão boas gargalhadas, comuns aos filmes de Jim Carrey, e você também vai desfrutar de um grande aprendizado sobre felicidade e reinvenção. Situação parecida com o que acontece com muita gente na vida real. Eu por exemplo me assumo com um (ex)"FUJÃO"!

É que desde sempre recebo convites pra todo tipo de evento, e quase que sempre, respondo com um "talvez vá", "eu te ligo se for", "vou estar fora", " se der tempo eu apareço"... enfim, arrumo uma maneira simpática de dizer NÃO! Impossível contabilizar quantas coisas bacanas ou talvez nem tão boas assim, eu acabei não comparecendo pelas minhas respostas negativas. Em "Yes, Man", as novas atitudes do protagonista, o elevam a um outro nível de vida.

Agora, agindo positivamente, o rapaz passou a ter mais amigos, uma nova namorada, satisfação no trabalho e admiração dos colegas. Não fui influenciado diretamente pelo filme, mas decidi que para mudar de vida, precisava ser mais participativo e também positivo. Então resolvi dizer: SIM, SENHOR! E não é que deu certo! Tenho me sentido muito melhor, mais leve, feliz, participativo e otimista. Os resultados disso são uma relação melhor com a família, amigos, companheiros de trabalho, com Deus, meu corpo e até a natureza saiu ganhando com isso. Hoje percebo quanto fui egoísta. Vivia no meu mundo(Que poderia se chamar Morenópolis ou Moreno City), um lugar criado por mim para viver sozinho, mandando e desmandando, fazendo todas as escolhas baseadas no meu gosto pessoal, ou seja: "É tudo meu!".

Agindo assim, estava deixando de ver e viver momentos maravilhosos que acontecem aqui fora! Havia uma carência de experimentar, ajudar, escrever, pular, brincar e de contribuir com algo a mais. Como se fosse um presente de criança no dia 12 de outubro, minhas decisões abriram a embalagem da vida, e com ela vieram todos os bônus que Papai do Céu tem para nos dar. Sim, Senhor!

Estou aqui escrevendo este desabafo para agradecer o choque que levei da vida. Inclusive pesquisas já apontam que pequenas descargas elétricas são excelentes para despertar o pensamento humano para situações não perceptíveis em estado normal. Eu diria que no meu caso, fui eletrocutado. Despertei a tempo de salvar a época perdida e de realizar novos feitos superando outros desafios que sem dúvida virão. Ainda vou dizer "não" muitas vezes e para muitas coisas. Mas a satisfação e o prazer do "SIM", já correm nas veias. 



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